
O governo federal já definiu a data para a retomada dos pagamentos do Bolsa Família relativo ao mês de março. O maior programa de transferência de renda do país deve atender pouco mais de 20 milhões de pessoas no decorrer dos próximos dias.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome, o Bolsa Família será oficialmente retomado a partir do dia 18. Mas assim como aconteceu nos meses anteriores, o cidadão vai precisar se basear no final do seu Número de Identificação Social (NIS) para saber quando poderá receber o saldo.
Em março, por exemplo, os pagamentos serão escalonados e devem seguir até o dia 31 de março. A ordem de pagamento é determinada sempre por este mesmo NIS:
- NIS final 1: 18 de março (dia da retomada)
- NIS final 2: 19 de março
- NIS final 3: 20 de março
- NIS final 4: 21 de março
- NIS final 5: 24 de março
- NIS final 6: 25 de março
- NIS final 7: 26 de março
- NIS final 8: 27 de março
- NIS final 9: 28 de março
- NIS final 0: 31 de março
Em regra geral, os pagamentos do Bolsa Família acontecem sempre nos 10 últimos dias úteis do mês. Essa regra só não se aplica ao mês de dezembro, quando os repasses ocorrem entre os dias 10 e 23, para que todos os usuários recebam o benefício antes das festas de natal e de ano novo.
Os valores do Bolsa Família de março
Um dos pontos que não vai passar por alteração nos pagamentos de março do Bolsa Família é a questão do valor do programa social. Assim como aconteceu nos meses anteriores, os patamares pagos partirão de uma base de R$ 600 por grupo familiar.
Esse valor, no entanto, pode ser elevado a depender da quantidade de benefícios internos e que cada cidadão tem direito. Não existe um limite. Você pode ir acumulando os adicionais e somando com o valor regular.
Abaixo, você pode conferir a lista completa de adicionais do Bolsa Família que estão programados para o mês de março:
- Benefício de Renda de Cidadania (BRC): R$ 142 por pessoa da família;
- Benefício Complementar (BCO): valor adicional para garantir um total mínimo de R$ 600 por família;
- Benefício Primeira Infância (BPI): acréscimo de R$ 150 por criança de 0 a 7 anos;
- Benefício Variável Familiar (BVF): acréscimo de R$ 50 para gestantes e crianças de 7 a 18 anos;
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): acréscimo de R$ 50 por membro da família com até sete meses de idade (nutriz);
- Benefício Extraordinário de Transição (BET): pago em casos específicos para garantir valores anteriores ao programa Auxílio Brasil até maio de 2025.

Valor de março também pode cair
Mas é preciso lembrar que os valores do Bolsa Família de março também podem cair para algumas famílias. Isso normalmente acontece por causa da chamada regra de proteção, que todos os meses atingem novas famílias.
Pelas regras gerais do Bolsa Família, existem três ações que podem ser tomadas quando uma determinada família conta com um aumento de sua renda per capita. Veja abaixo:
- quando a renda é elevada para um valor menor do que R$ 218
Quando a renda per capita da sua família sobe, mas fica abaixo dos R$ 218, nada ocorre. Neste caso, não há nenhum impedimento para que o cidadão siga recebendo o Bolsa Família normalmente. O valor não é reduzido, e a família segue dentro do sistema de recebimento.
- quando a renda é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 759
Quando a renda per capita de uma família é elevada para algo entre R$ 219 e R$ 759, o cenário muda um pouco. Neste caso, o cidadão entra na Regra de Proteção. Ele vai seguir recebendo o valor do Bolsa Família de forma reduzida por mais dois anos. Caso a renda volte a cair, ele volta a receber o patamar natural.
- quando a renda é elevada para mais de R$ 759
Quando a renda per capita da família sobe para algo além de meio salário mínimo, o cidadão é automaticamente retirado do programa social. Neste caso, o Governo Federal passa a considerar que o cidadão não precisa mais receber o dinheiro do Bolsa Família, e precisa ceder a vaga para um outro usuário que esteja passando por mais necessidades.